SEGURANÇA NAS UNIVERSIDADES

No recife está sendo proposto um policiamento diferenciado com o objetivo aproximar a PM da comunidade universitária. Um efetivo fixo de 12 policiais está responsável pela segurança nas imediações da unidade de ensino, que conta com uma população de 37 mil pessoas, entre alunos e servidores. A implantação do Polícia Amiga é resultado de uma parceria entre a universidade e a Polícia Militar. Com isso, a UFPE pretende reforçar também a segurança dentro do câmpus, com um maior efetivo de vigilantes e aquisição de três viaturas. Uma delas ficará à disposição dos policiais do projeto. Câmeras também serão instaladas pela universidade, no entorno. O monitoramento, segundo o diretor de Segurança Institucional da UFPE, Armando Nascimento, será realizado tanto pelos seguranças da universidade quanto pelo 12º batalhão, unidade responsável pelo policiamento na área.
“A intenção é trabalhar em conjunto. O grande problema que temos aqui no quesito segurança é no entorno. Por isso, quando soubemos do sucesso do projeto, resolvemos procurar a Polícia Militar”, explicou Armando Nascimento.
Os detalhes do projeto Polícia Amiga foi apresentado pelo comandante da PM, coronel José Lopes, em reunião dos Conselhos de Administração e de Curadoria da UFPE.
O coronel apresentou resultados de redução da violência em comunidades como Bode, na Zona Sul do Recife, e Santo Amaro, área central da capital. No projeto, moradores da área votam nos policiais mais atuantes, que ganham certificados, oito dias de dispensa do trabalho, além de um fim de semana no hotel de trânsito da PM e um carro com motorista para passar um dia em uma praia do litoral pernambucano.
Entusiasta do projeto, o comandante admitiu que implantar o Polícia Amiga na UFPE é um novo desafio. “A comunidade com a qual vamos lidar agora é de alunos e professores. É uma nova experiência, um novo público”, explicou coronel José Lopes.
CURIOSIDADE
Uma curiosidade é que um dos soldados que vai trabalhar na área é aluno da universidade. O soldado João Paulo Cazele cursa direito na unidade de ensino. “Para mim vai ser ótimo, pois conheço a rotina do câmpus”, destacou o soldado, que ontem já realizou rondas ao lado da colega Gleide Rocha.